Campanha do LinkedIn mostra que só 32% das mulheres chegam a cargos de gestão no Brasil – Ange360
Campanha do LinkedIn mostra que só 32% das mulheres chegam a cargos de gestão no Brasil

Campanha do LinkedIn mostra que só 32% das mulheres chegam a cargos de gestão no Brasil

A Ascensão Interrompida: A Disparidade de Gênero nos Cargos de Liderança

No Brasil, as mulheres representam 45% da força de trabalho, mas apenas 32% ocupam posições de gestão, segundo o estudo IWD Gender Data 2025, divulgado pelo LinkedIn. Essa discrepância revela um problema estrutural: mesmo sendo maioria em diversos setores, as mulheres enfrentam barreiras invisíveis que limitam sua ascensão profissional.

Para chamar atenção a essa realidade, o LinkedIn lançou uma campanha impactante: cadeiras de escritório vazias foram colocadas em locais públicos, simbolizando os cargos de liderança que poderiam ser ocupados por mulheres. Cada assento exibia dados alarmantes sobre a subrepresentação feminina, convidando o público a refletir sobre os obstáculos que ainda persistem no mercado de trabalho.

Mas por que, mesmo com avanços em educação e qualificação, as mulheres continuam sendo minoria nos altos escalões? Quais são as barreiras que precisam ser derrubadas? E, mais importante, como acelerar a mudança?

Os Números que Revelam a Desigualdade

A pesquisa do LinkedIn confirma uma tendência global: quanto mais alto o cargo, menor a presença feminina. Alguns dados destacam essa disparidade:

  • Setores com maior desigualdade: Em áreas como Tecnologia, Construção e Logística, menos de 15% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres.
  • Progresso lento: Se o ritmo atual se mantiver, o Brasil levará 53 anos para alcançar a equidade de gênero no mercado de trabalho.
  • Impacto econômico: Segundo a McKinsey, empresas com liderança feminina têm 21% mais chances de ter lucratividade acima da média.

Esses números mostram que a desigualdade não é apenas uma questão social, mas também um problema econômico. A falta de mulheres em cargos de decisão limita a diversidade de pensamento, a inovação e o desempenho das organizações.

As Barreiras que Impedem a Ascensão Feminina

1. Cultura Organizacional Machista

Muitas empresas ainda associam liderança a características tradicionalmente masculinas, como assertividade e competitividade. Quando mulheres demonstram essas mesmas qualidades, muitas vezes são taxadas de “agressivas” ou “difíceis”.

2. Falta de Oportunidades de Desenvolvimento

Homens são frequentemente indicados para programas de mentoria e treinamentos de liderança, enquanto mulheres precisam provar sua capacidade repetidamente antes de serem consideradas para promoções.

3. Dupla Jornada e Falta de Apoio

A sobrecarga de tarefas domésticas e cuidados familiares, que ainda recaem majoritariamente sobre as mulheres, dificulta sua dedicação integral à carreira. Empresas sem políticas de flexibilidade ou suporte à maternidade contribuem para essa exclusão.

4. Viés na Contratação e Promoção

Estudos mostram que homens são promovidos com base em seu potencial, enquanto mulheres precisam comprovar resultados concretos antes de avançarem.

Como Mudar Esse Cenário? Soluções Propostas pelo LinkedIn

A campanha do LinkedIn não apenas expõe o problema, mas também apresenta caminhos para acelerar a equidade de gênero. Entre as principais soluções estão:

1. Contratação Baseada em Habilidades

Priorizar competências em vez de experiências tradicionais pode aumentar em 12% a presença feminina em setores sub-representados. Globalmente, essa prática ampliaria o acesso de mulheres a oportunidades em seis vezes.

2. Programas de Mentoria e Sponsorship

Empresas que investem em mentoria interna para mulheres aumentam em 40% as chances de retenção e ascensão dessas profissionais. Líderes que atuam como sponsors (defensores ativos da carreira feminina) ajudam a quebrar barreiras informais.

3. Políticas de Flexibilidade e Suporte Familiar

Licença-parental estendida para homens e mulheres, horários flexíveis e creches corporativas são medidas essenciais para reduzir a evasão feminina de cargos de liderança.

4. Representatividade e Visibilidade

Mulheres em posições de poder que compartilham suas trajetórias inspiram outras profissionais e normalizam a liderança feminina.

O Papel das Empresas e da Sociedade

Como afirma Ana Claudia Plihal, Head de Soluções para Talentos do LinkedIn Brasil:

“Temos um grande espaço para avançar. Em setores historicamente masculinos, como Tecnologia e Logística, é possível reequilibrar a presença feminina. Já em áreas onde as mulheres são maioria, como Saúde e Serviços, a equidade pode impulsionar ainda mais a inovação.”

A mudança não é apenas uma questão de justiça social, mas de sobrevivência empresarial. Organizações que não se adaptarem a um mercado que exige diversidade ficarão para trás.

O Futuro da Liderança Feminina no Brasil

Enquanto cadeiras continuarem vazias, o potencial do mercado de trabalho brasileiro estará incompleto. A campanha do LinkedIn serve como um alerta e um chamado à ação.

A equidade de gênero não é um benefício apenas para as mulheres, mas para toda a sociedade. Empresas, recrutadores e líderes precisam agir agora para garantir que, nos próximos anos, mais mulheres ocupem os lugares que merecem.

A pergunta que fica é: Quanto tempo mais o Brasil vai esperar para preencher essas cadeiras vazias?

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